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Brasil

06 de Março, 2015

Lula reafirma compromisso de combate à fome em África até 2025

O ex-Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva relatou, recentemente, o sucesso das políticas implementadas no país a partir do seu primeiro mandato, em 2003, e que são mantidas até agora, a participantes de evento preparatório para a Expo 2015, em Milão, sobre combate à fome no mundo. Por videoconferência, o ex-líder destacou o facto de o Brasil ter saído, no final de 2014, do mapa da fome, elaborado pelo Organização das Nações Unidas (ONU). 

o reconhecer que este é apenas um passo, reafirmou o compromisso de colaborar no processo que pode levar ao fim da fome nos países africanos até 2025: «Nada pode mudar o que nós conseguimos vencer. Mas é uma batalha que ainda não está resolvida. O pobre subiu um degrau na escada de ascensão social, mas precisa de mais». A proposta do ex-Presidente é socializar as políticas com os países pobres da América Latina e África. «É preciso levar financiamento a esses países.»
Depois de ser apresentado à plateia com referências positivas às suas conquistas como Presidente, Lula iniciou o seu discurso destacando a importância de o tema «fome» estar em discussão num país tão desenvolvido quanto a Itália. «Não são todos que querem discutir esse tema, porque as pessoas pobres não participam em sindicatos, em partidos. Muitos não têm como se movimentar para se manifestar e lutar pelos seus direitos, e isso fica só por conta da sociedade organizada».
Lula, que teve uma infãncia em Garanhuns, em Pernambuco, mostrou sua afinidade com o tema. «Eu tinha dito minha a vida inteira que era possível acabar com a fome no Brasil, mas que isso só seria possível se tivéssemos um governante que tivesse passado fome. Quando eu tomei posse perguntaram-me qual o legado eu queria deixar e respondi que, se ao terminar meu mandato, cada brasileiro estivesse a tomar café da manhã, almoçando e jantando todos os dias, eu já teria realizado a obra da minha vida».

O ex-Presidente fez um rápido relato do Programa «Fome Zero», «um guarda-chuva que acopla uma série de políticas públicas de transferência de renda, inclusive o Bolsa Família». Destacou que houve preconceito em relação à proposta: «Fomos muito atacados. Diziam que estaríamos a dar dinheiro para as pessoas ficarem em casa sem trabalhar. E até eu achei que pudesse não dar certo», admitiu.
Com este programa, Lula disse que pôde ver que o problema da fome não é a falta de alimentos: «o mundo produz mais alimentos do que é preciso, mas uma parte não tem dinheiro para comprar, e quem mais sofre são as crianças».

Redação com Agência
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