Erupção vulcânica: Adega Cooperativa de Chã começa a transferir vinho engarrafado para sítio mais seguro
26 de Novembro de 2014, 09:47A Adega Cooperativa de vinho de Chã das Caldeiras (ilha do Fogo) começou esta terça-feira, 25, a transferir o vinho engarrafado da sua instalação para um local mais distante, atendendo que as lavas avançaram até cerca de 500 metros desta unidade de produção de vinho.
O presidente da cooperativa, David Gomes Monteiro “Neves” que vivenciou a erupção de 1995 está visivelmente transtornado e desesperado com a fúria das lavas da erupção de domingo, 23, disse à Inforpress que o vinho engarrafado pode ser retirado para local mais seguro na povoação vizinha de Bangaeira.
Este empresário da vinicultura em Chã das Caldeiras indicou contudo, que em relação aos 110 mil litros de vinho que se encontram nos barris, vai ser impossível fazer a sua transfega para outro sítio, pelo que se as lavas não pararem de avançar esse stock fica perdido.
“Na pior das hipóteses e num cenário em que a adega possa vir a ser atingida pelas lavas, poderemos ainda pôr em marcha o plano alternativo que consiste na distribuição de parte do vinho que se encontra em stock a cada produtor, mediante a quantidade de uva entregue na adega, para que cada um, havendo a possibilidade, poder salvar uma parte”, disse David Gomes Monteiro “Neves”.
Franz Egger, o anólogo que trabalhou na melhoria do vinho do Fogo, contactado pela Inforpress a partir de Itália, disse que a solução mais adequada é colocar um conjunto de vasilhames no Monte Amarelo e fazer a bombagem do vinho já que não é possível fazer o seu transporte para fora de Chã das Caldeiras nos barris.
Por enquanto, a adega continua apenas a fazer a transferência do vinho engarrafado para o lugar seguro deixando para depois a aplicação de um eventual plano alternativo caso as lavas não atinjam esta unidade de transformação de vinho nas próximas horas.
Na segunda-feira e durante grande parte de terça-feira, as lavas chegaram a avançar a uma velocidade vertiginosa de 26 metros por hora, mas de repente este curso reduziu consideravelmente, tendo sido avaliado já no início da noite de terça-feira em aproximadamente 16 metros por hora.
Entretanto, a Inforporess constatou no local que as pessoas estão a tentar retirar também o conhecido vinho tradicional, “manecom” em pequenos vasilhames, e ao que tudo indica a operação tem estado a resultar.
Inforpress
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