Voltar

Notícias

Portugal

20 de Novembro, 2014

CPLP: Empresários lusófonos lançam portal sobre oportunidades de investimento

Lisboa acolhe a 26 de Novembro a primeira edição dos Encontros Empresarias da CPLP, de que CEO Lusófono é Media Partner. A Confederação Empresarial da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP) vai lançar nos próximos meses o Connect CPLP, um portal onde cada país lusófono apresentará os seus défices e excedentes de atividades empresariais e económicas “para orientar a oferta e a procura”.

“A CE-CPLP está a tentar criar um observatório de atividades empresariais e económicas, onde haverá uma plataforma, o Connect CPLP, para que cada país oriente a procura e a oferta. Há um excesso de quadros jovens nalguns países, enquanto noutros há carências, e podemos fazer essa ponte e resolver esse problema”, salienta o consultor estratégico do presidente da CE-CPLP, Fernando Lobato, em declarações à Lusa.

“Tem de haver um diálogo permanente com todos os países-membros” e lembra que o documento com a estratégia a médio prazo, entre 2015 e 2020, que deverá ser aprovado na assembleia-geral da CE-CPLP, dia 17 em Cabo Verde, assenta em três eixos fundamentais: ”O primeiro é melhorar o ambiente de negócios e o clima de investimento para facilitar essa comunidade e a relação comercial; o segundo é alargar o acesso a infraestruturas sociais, um tema onde todos os países têm desafios enormes, e o terceiro é promover o desenvolvimento das empresas”.

Entre os objetivos da CE-CPLP está, neste âmbito, contribuir para ajudar os países a lidarem com as deficiências nas infraestruturas, nos portos, barragens, aeroportos, transportes, energia, meio ambiente e como potenciarem os recursos humanos, para além de facilitar a criação de “agrupamentos internacionais de empresas” para ganharem escala.

“Temos de promover a criação de agrupamentos internacionais de empresas para concorrerem aos grandes projetos e adquirirem outros mercados que os países membros proporcionam por estarem integrados em zonas económicas regionais”, acrescenta o responsável, lembrando que “há projetos financiados pelos bancos internacionais institucionais a que as empresas não concorrem por falta de informação e de condições e depois passam à margem dos concursos”.

Fernando Lobato dá como exemplos estudos de viabilidade económica que muitas vezes “penalizam os pequenos países, defendendo que o mercado é demasiado pequeno para ser rentável, “mas esquecem o enorme potencial da zona económica em que os países estão inseridos”.