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Portugal

25 de Julho, 2014

Brasil e Cabo Verde entre destinos de projetos portugueses a apoiar pela DGArtes

Lusa
24 Jul, 2014, 17:09

O Brasil e Cabo Verde estão entre os 16 países que vão acolher 48 projetos artísticos portugueses no âmbito dos resultados provisórios do Programa de Apoio à Internacionalização das Artes 2014, anunciou hoje a Direção-Geral das Artes (DGArtes).

De acordo com a informação hoje publicada no sítio na internet da entidade responsável pela realização dos concursos públicos de apoio às artes, foram propostos apoios financeiros a 32 candidaturas de circulação internacional, num total de 425 mil euros de financiamento.

Brasil, Cabo Verde, Estados Unidos e China são os países mais representados nos projetos apresentados, num total de 16 destinos que incluem também Alemanha, Argentina, Austrália, Cuba, Espanha, França, Guiné-Bissau, Índia, Marrocos, México, Peru e Tailândia.

As 32 candidaturas selecionadas integram um total de 48 projetos nas várias áreas artísticas, os quais correspondem a 166 apresentações, e nove das candidaturas vão realizar apresentações em mais do que um dos países de destino.

Relativamente às áreas artísticas representadas, das candidaturas selecionadas, dez são de projetos de teatro, nove de música, sete de cruzamentos disciplinares, cinco de dança e uma de artes plásticas.

Entre os projetos apoiados estão O Espaço do Tempo, dirigido pelo coreógrafo Rui Horta em Montemor-o-Novo, a Orquestra Clássica do Centro, a Escola da Noite - Grupo de Teatro de Coimbra, Circolando - Cooperativa Cultural, no Porto, Companhia de Dança de Almada, e a Comuna Teatro de Pesquisa, a Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, Bomba Suicida e a Associação Cultural Companhia Clara Andermatt, na capital.

Entre as entidades candidatas que não receberam apoios estão a produtora Everything is New, a Companhia Olga Roriz, Ballet Teatro Contemporâneo do Porto, a Orquestra de Câmara Portuguesa, a Chão de Oliva - Centro de Difusão Cultural de Sintra e Amálgama Associação Cultural.

Esta é a terceira edição do concurso de apoio à internacionalização e conta novamente com a parceria da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), para "maximizar a difusão e projeção dos artistas portugueses no estrangeiro".

Segundo a DGArtes, na escolha dos projetos pesam as prioridades definidas por esta entidade, nomeadamente "o contributo para a projeção internacional da cultura e das artes contemporâneas portuguesas".

Em particular, aqueles que visem "a difusão e o reconhecimento alargado do trabalho autoral português, através de projetos artísticos que privilegiem a captação e o envolvimento de públicos e a circulação no espaço extraeuropeu".

Contactado pela Lusa sobre o impacto das edições anteriores do concurso, o diretor-geral das Artes, Samuel Rego, sublinhou que têm sido positivos e que "a circulação destes projetos é vital para o reconhecimento internacional e afirmação da cultura contemporânea produzida em Portugal".

A Secretaria de Estado da Cultura (SEC) optou este ano por não abrir os concursos na modalidade anual, tendo em conta a realização dos pontuais, a libertação de verbas para estes concursos, a sua operacionalização e o seu efetivo aproveitamento em 2014, como sustentou, no passado mês de março.

Os concursos do Programa de Apoio Pontual às Artes, para projetos a concretizar até ao final do ano, foram abertos no passado mês de março, a par dos do Programa de Apoio à Internacionalização. Os resultados provisórios dos "pontuais" foram divulgados na semana passada.